Depois de registrar temporais e inúmeros estragos em Santa Maria, a prefeitura, ao lado de outras entidades, começa a pensar e discutir formas de prevenção em casos de desastres naturais. Para evitar que o número de estragos se repita no futuro, representantes de órgãos públicos discutiram ações preventivas na manhã desta terça-feira, durante reunião do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M).
Como trabalho preventivo em casos de desastres naturais, a prefeitura trabalha com pelo menos três campos de atuação:fazer parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), garantir o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) para prevenção e apoio e criar uma Superintendência para Desastres Naturais.
Na tarde desta terça-feira, o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) deve se reunir com o coordenador da defesa civil municipal Adelar Vargas e com Ogier Rosado, funcionário da prefeitura e nome cogitado para assumir uma Superintendência de Monitoramento de Desastres. A prefeitura ainda não confirma quando o decreto deve ser assinado, mas a ideia vem sendo discutida há cerca de um ano.
De acordo com Vargas, outra estratégia do poder público municipal é uma parceria com especialistas da UFSM. Nos próximos dias, prefeito e representantes da instituição devem se reunir para discutir um trabalho em conjunto com profissionais de diferentes áreas que possam atuar na prevenção.
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Outra ideia é contar com apoio internacional. Segundo o coordenador da defesa civil, Santa Maria poderá ser, no futuro, uma cidade resiliente - cidades que constroem planos estratégicos para prevenção de desastres - em parceria com a ONU. Se isso acontecer, o município deve encaminhar relatórios semestrais para a organização. Dependendo da situação da cidade, pode angariar recursos internacionais para investir em prevenção ou auxílio em casos de desastres naturais.
- Temos um longo trabalho até lá. Cidades como Porto Alegre e Caxias do Sul são resilientes, mas estão sempre se preparando e inovando em questões de prevenção - explica Vargas.