Foi presa na tarde desta segunda-feira, pela 5ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, a quinta pessoa indiciada pela morte de Cíntia Beatriz Lacerda Glufke, 34 anos, ocorrida mês passado, em Porto Alegre.
Esmeralda Luciano de Antoní, 75 anos, estava em casa quando a polícia cumpriu o mandado de prisão. Ela foi encaminhada à Penitenciária Madre Pelletier. Viúva, teria um caso com o autor confesso do assassinato, Vandré Centeno do Carmo, 25 anos, e foi indiciada pela polícia por participação no assassinato.
- Os objetos retirados do apartamento de Cíntia foram escondidos na casa da idosa - apontou a delegada Jeiselaure de Souza, responsável pela investigação.
Homem confessa ter esquartejado mulher e dá detalhes do crime
Esmeralda afirmou, em entrevista a ZH no último dia 18, que não sabia da morte e desconhecia o conteúdo das malas de Vandré que carregava pedaços do corpo da vítima ao viajar com ela para São Joaquim (SC).
Também estão presos por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver: o recepcionista Vandré Centeno do Carmo e os irmãos dele Jean Centeno do Carmo, 20 anos, e Alan Centeno do Carmo, 19 anos.
Polícia prende suspeitos de assassinar e esquartejar mulher
O sogro de Cíntia, o microempresário Werner Glufke, 63 anos, foi indiciado por homicídio.
O CRIME
Os motivos do crime ainda são nebulosos. Vandré e Cíntia eram amigos. Ao admitir a morte, ele disse que era ameaçado por ela e apresentou à polícia gravações de diálogos via WhatsApp no qual Cíntia proferia ofensas. Depois, Vandré disse que agiu a mando de Werner porque o sogro teria divergências com a nora. O marido de Cíntia estava nos Estados Unidos.
Em outro depoimento, Vandré voltou atrás, isentando Werner, mas a polícia não acreditou nessa versão.
Esquartejador afirma ter sido ameaçado por vítima em Porto Alegre
Cintia foi morta na casa de Vandré, em 7 de agosto, no bairro Mario Quintana. Ela foi atingida com marteladas na cabeça e depois teve os membros retalhados com uma serra. Os irmãos de Vandré estavam na moradia. Ao depor à polícia, eles alegaram que foram obrigados por Vandré a lavar a casa e ajudar a cavar um buraco no pátio para esconder o tronco da vítima. Um deles foi ao apartamento de Cíntia, no bairro Jardim Carvalho, e pegou o celular e outros objetos da vítima.
Em conversa com a defensora pública Tatiana Boeira, que vai atuar na defesa dos três irmãos, Vandré inocentou os irmãos, garantindo que fez tudo sozinho.
Imagens mostram suspeito com mala em que estariam partes de mulher esquartejada
Horas após o esquartejamento de Cintia, Vandré viajou com a amiga Esmeralda para São Joaquim (SC). Imagens de câmeras de vigilância mostram os dois na rodoviária de Porto Alegre momentos antes do embarque. Vandré carregava duas malas, contendo braços, mãos, pés e partes das pernas de Cíntia, abandonados por ele em um lixão na cidade catarinense. Para a polícia, Esmeralda estava ciente do crime. A aposentada tinha um caso com Vandré, situação que ele jamais admitiu, chamando Esmeralda de "madrinha".
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