O governo do Estado decidiu, nesta quarta-feira, que atrasará novamente o pagamento da dívida com a União. A informação foi confirmada pela Secretaria da Fazenda.
Apesar de contar com recursos suficientes para honrar os salários de agosto do funcionalismo, graças à ampliação do limite de saques dos depósitos judiciais, o Palácio Piratini acumula pendências em áreas vitais, como educação e saúde.
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Em função disso, o governador José Ivo Sartori optou por não pagar nesta quarta-feira a parcela da dívida relativa a setembro, no valor de R$ 266,6 milhões. Com o atraso, as contas do Estado deverão, novamente, ser bloqueadas pela União, conforme prevê o contrato firmado em 1998, no governo de Antônio Britto (PMDB).
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A punição, que poderá ser aplicada a qualquer momento, valerá até que o governo federal sequestre a cifra correspondente à parcela pendurada.
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A intenção da Fazenda é "blindar" valores depositados na conta dos depósitos judiciais, que não sofre interferência do governo federal (o bloqueio vale apenas para as contas do caixa único). A estratégia já havia sido adotada no fim de agosto, quando foram reservados cerca de R$ 275 milhões para pagamentos urgentes.