Em reunião em Brasília, nesta quinta-feira, técnicos da Secretaria Estadual da Fazenda pediram a integrantes da Secretaria do Tesouro Nacional a redução do peso das parcelas da dívida do Estado com a União. O Palácio Piratini é obrigado a repassar 13% da receita corrente líquida todos os meses para o governo federal (cerca de R$ 265 milhões). A tentativa é de reduzir o percentual para 10,5%, mas nada ficou definido.
O encontro havia sido marcado em agosto, na última conversa do governador José Ivo Sartori com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Conforme o subsecretário do Tesouro estadual, Leonardo Maranhão Busatto, os gaúchos ficaram satisfeitos com a recepção, embora tenham deixado o local sem nenhum resultado concreto.
- Foi a primeira reunião técnica entre as duas equipes. Apresentamos nossas propostas, e eles não fecharam as portas. Sabemos que o momento é complicado para o governo federal, mas fomos bem recebidos. Eles pediram mais informações - relata Busatto.
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Os representantes do governo do Estado também solicitaram autorização para fazer um novo financiamento em 2016. A ideia é reestruturar parte da dívida extra limite - composta por débitos contraídos após a renegociação do passivo com a União, em 1998, no governo Antônio Britto (PMDB).
A ideia é trocar um empréstimo caro por outro mais barato e com prazo mais longo, de preferência, com carência para o início do pagamento.
- Nos disseram que, se a operação ficar de pé, irão autorizar. O que precisamos agora é apresentar simulações considerando a nova variação cambial e demonstrar que a alternativa é vantajosa - diz Busatto.
Também foi discutida a possibilidade de parcelamento da dívida do Estado com o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), estimada em mais de R$ 400 milhões.
*Zero Hora