Em uma rápida conversa nesta quarta-feira com jornalistas, depois de encontro com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, falou sobre o bloqueio judicial das contas do Estado e afirmou que a União está solidária em ajudar os gaúchos a superar a crise financeira. Ele espera que os ministros "decidam para o bem e o futuro do Estado". Após duas tentativas frustradas, Sartori conseguiu se reunir com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante a noite.
- Mesmo nas condições atuais, notamos a solidariedade ativa do governo federal. Mudanças sempre são de alta dificuldade. As pessoas não aceitam muito as mudanças, especialmente as estruturais. Vamos fazem nossa parte, manter o diálogo, entendimento e a superação de conflitos que porventura possam existir - afirmou Sartori.
O governador está em Brasília para tentar evitar as punições aplicadas pela União ao Estado em razão do não pagamento de parcela da dívida. O Palácio Piratini deu prioridade ao pagamento dos salários em atraso do funcionalismo em detrimento do débito com a União.
Pela manhã, Sartori se encontrou com o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, em Brasília, mas não obteve resultados positivos a curto prazo para o Estado. A longo prazo, há sinalização de autorizar financiamentos para projetos específicos, mas isso não é garantia de recursos para enfrentar a crise financeira atual.
- Acho que cada ministro do Supremo tem sua capacidade de julgamento, tem seu papel. Cumprimos nossa obrigação de fazer aquilo que temos que fazer para o bem do Rio Grande do Sul. Ninguém vai me tirar da luta e do trabalho de fazer isso. Evidentemente que mostramos as questões, a nossa realidade financeira, para que possam decidir melhor, e esperamos que decidam para o bem e o futuro do Estado.