Geral

Brasília

Levy descumpre agenda e falta a encontro com Sartori

Com a ausência do ministro da Fazenda, governador foi recebido pelo secretário do Tesouro Nacional para tratar sobre as sanções aplicadas ao Estado devido ao não pagamento de parcela da dívida

Renata Colombo

Enviar email
Luiz Chaves / Palácio Piratini
Governador apresentou ao secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, detalhes da situação financeira do Estado

A reunião do governador José Ivo Sartori com o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, em Brasília, não teve resultados positivos a curto prazo para o Estado. A longo prazo, há sinalização de autorizar financiamentos para projetos específicos, mas isso não é garantia de recursos para enfrentar a crise financeira atual.

A equipe de Sartori pediu autorização do Tesouro para realizar operações de crédito com o CAF, o Banco de Desenvolvimento da América Latina, que ainda não teve nenhum dos contratos liberados pelo governo federal neste ano. Em 15 dias, técnicos do Estado e do ministério da Fazenda voltarão a conversar, desta vez com posicionamento do ministro Joaquim Levy.

Bloqueio das contas do Estado deve seguir até terça-feira
Rosane de Oliveira: bloqueio é previsível e dramático para as finanças

Programado para as 10h30min desta quarta-feira, o encontro do governador com o ministro da Fazenda, marcado na agenda oficial de ambos, não ocorreu. Levy descumpriu o compromisso e teria seguido para receber uma homenagem no Itamaraty - o ministério não confirma -, enquanto Sartori aguardava há mais de 30 minutos na sala de espera do ministério.

A reunião havia sido marcada na terça-feira, após o Piratini anunciar a antecipação do pagamento integral do salário do funcionalismo gaúcho e "pedalar" o pagamento de R$ 265 milhões referente à parcela da dívida do Estado com a União. Na contrapartida, conforme previsto no acordo de renegociação da dívida, o governo federal bloqueou as contas do Rio Grande do Sul.

No encontro com o secretário do Tesouro Nacional, foi tratado ainda dos futuros financiamentos que o governo gaúcho poderá contrair em 2016, quando for regulamentado o novo cálculo das parcelas da dívida com a União, o que abrirá teto fiscal para empréstimos.

Quanto ao calote que Sartori deu, não pagando a parcela de julho da dívida, o Tesouro não flexibilizou. Segundo participantes da reunião, o secretário deixou claro que a regra é a mesma para todos os Estados e municípios e seguirá valendo.

- Não é uma situação momentânea, ela vai se prolongar em outras ocasiões - disse.

O governo gaúcho está com as contas bloqueadas até que os valores somem o equivalente à parcela não paga ao governo federal.

Na agenda desta quarta-feira do governador, ainda estão previstas audiências com ministros do STF, deputados e senadores. Em Brasília, Sartori busca o aval do Supremo Tribunal Federal (STF) para priorizar a folha salarial e tratar sobre as sanções aplicadas ao Rio Grande do Sul em função do não pagamento da dívida.

Leia as últimas notícias

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
RBS BRAND STUDIO

Bate-Bola

22:00 - 00:00