O governador José Ivo Sartori tentou se encontrar nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em Brasília, mas teve duas agendas desmarcadas e não foi recebido. A primeira delas estava confirmada para as 10h30min, porém, o ministro faltou. Levy agendou então um novo encontro no Ministério da Fazenda, às 17h30min, e novamente não compareceu. Uma terceira tentativa ocorreu às 20h30min, e, desta vez, o ministro pôde, enfim, receber o governador gaúcho.
Bloqueio de contas do RS deve permanecer até terça, diz Feltes
Rosane de Oliveira: bloqueio é previsível e dramático para as finanças
Sartori está em Brasília para tentar evitar as punições aplicadas pela União ao Estado em razão do não pagamento de parcela da dívida. O Palácio Piratini deu prioridade ao pagamento dos salários em atraso do funcionalismo em detrimento do débito com a União.
Pela manhã, Sartori se encontrou com o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, em Brasília, mas não obteve resultados positivos a curto prazo para o Estado. A longo prazo, há sinalização de autorizar financiamentos para projetos específicos, mas isso não é garantia de recursos para enfrentar a crise financeira atual.
A equipe de Sartori pediu autorização do Tesouro para realizar operações de crédito com o CAF, o Banco de Desenvolvimento da América Latina, que ainda não teve nenhum dos contratos liberados pelo governo federal neste ano. Em 15 dias, técnicos do Estado e do Ministério da Fazenda voltarão a conversar.
No final da tarde, Sartori chegou a ficar cerca de 15 minutos no gabinete de Levy, e saiu. Questionado pela imprensa, disse ter sido informado de que o ministro não havia conseguido se liberar de compromisso no Congresso. O governador seguiu, então, para o Supremo Tribunal Federal, onde se encontrou com três ministros para tratar da crise do Estado.
