A superlotação e a falta de infraestrutura no Pronto-Socorro do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) estão causando sérios transtornos aos pacientes.
Rogener DOliveira está revoltado com o caos no local. A mulher dele e outros 19 pacientes estão no corredor, que segue sem a forração do teto há mais de um mês. Ele conta que, na madrugada de quinta para sexta-feira, não conseguiram nem dormir, pois há frestas e um vento muito gelado circulando pelo corredor. Ele reclama ainda do risco de contaminação e de acidentes, pois há fios caídos do teto e luminárias presas por arames.
Como não há leito vago para o pós-operatório, não havia nem previsão de quando a mulher dele poderia fazer cirurgia. D'Oliveira disse, na sexta à tarde, que tentaria levar a mulher para o Hospital de Caridade para fazer uma cirurgia particular, já que ela sofre de apendicite e pode ter complicações se não for operada logo.
A direção do Husm alega que a falta de forro não traz risco e que a construtora responsável pela obra da Central de UTIs, no andar sobre o pronto-socorro, teve de tirar o forro para instalar canos, mas acabou parando a obra. Se a empresa não retomar o serviço em breve, o próprio Husm fará o conserto do forro emergencialmente.