A Polícia Federal realiza, na manhã desta quarta-feira, uma operação para desarticular um esquema de corrupção na Casa da Moeda e na Receita Federal. Para garantir a contratação de fornecedor de serviços num processo de licitação fraudulento, funcionários públicos teriam recebido cerca de R$ 100 milhões em propina. De acordo com o jornal O Globo, entre os investigados, estaria o coordenador-geral de Fiscalização da Receita, Marcelo Fisch.
Após dois anos de investigações, são cumpridos 23 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília. Além dos mandados, a polícia ainda decretou o sequestro dos bens dos principais investigados, além de quebra de sigilos fiscais e bancários. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
Nesta quarta-feira, o Ministério da Fazenda informou, em nota, que a investigação teve início após a Casa da Moeda informar à Polícia Federal sobre a suspeita de que empregados da entidade tentaram direcionar procedimento licitatório para a recontratação da empresa SICPA.
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Em 2012, o então presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, foi demitido do cargo após a imprensa revelar suspeitas de recebimento de propina de fornecedores do órgão por meio de firmar abertas no exterior em nome dele e da filha. Denucci havia sido indicado para o cargo pelo PTB e foi mantido no posto pelo então ministro da Fazenda Guido Mantega mesmo após perder o apoio da sigla.
R$ 100 milhões em propina
Polícia Federal faz operação contra funcionários da Casa da Moeda e na Receita Federal
Ação realizada no Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal cumpre 23 mandados de busca e apreensão
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