Os chanceleres do Mercosul iniciaram, nesta quinta-feira, em Brasília, uma reunião preparatória para a cúpula que deve marcar a entrada da Bolívia no grupo. A reunião de chefes de Estado é precedida por pedidos de uma maior liberdade para negociar acordos extra-zona.
O Mercosul também está prestes a trocar ofertas com a União Europeia para estabelecer uma zona de livre comércio, que poderá ser um ponto de inflexão nas negociações entre os dois blocos iniciadas em 1999.
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Os pedidos de maior flexibilidade e abertura do bloco, que tem poucos acordos comerciais com o resto do mundo, foram expressos publicamente por Brasil e Uruguai, mas os analistas são céticos sobre a possibilidade de que sejam realizados formalmente.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, recebeu seus pares do Paraguai, Eladio Loizaga; do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa; e da Venezuela, Delcy Rodríguez, para iniciar o encontro do Conselho do Mercado Comum, que também se reunirá com representantes dos países associados ao bloco.
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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também participará do encontro. Já o chanceler argentino, Héctor Timerman, não pôde vir ao Brasil, por estar recuperando-se de uma cirugia.
Além da anfitriã, Dilma Rousseff, são esperados Cristina Kirchner, da Argentina; Horacio Cartes, do Paraguai; Tabaré Vázquez, do Uruguai; e Nicolás Maduro, da Venezuela, para a cúpula de sexta-feira.
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Também está prevista a participação do presidente da Bolívia, Evo Morales, que atualmente visita Buenos Aires para selar formalmente a entrada de seu país como membro pleno do bloco - que representa mais de 70% da população e do PIB da região, segundo dados do Itamaraty.
Os chanceleres também repassarão detalhes da oferta que serão apresentados à UE no último trimestre, um passo muito demorado das negociações - das quais a Venezuela, que entrou no bloco em 2013, não participa - que tiveram um intervalo de seis anos até sua reativação em 2010.
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*AFP
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