Desde esta quarta-feira, a Casa de Saúde de Santa Maria está sem médicos obstetras. Isso porque, o grupo de obstetras que prestava serviços no local reincidiu o contrato na noite de ontem, já que os pedidos de reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho não foram atendidos.
Sem SUS, Hospital Alcides Brum deixa de prestar 1,3 mil atendimentos à população
Na prática, significa que o hospital não tem condições de realizar partos. A única opção para as gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é o Hospital Universitário (Husm). Conforme a presidente da Sefas, que administra a unidade hospitalar, irmã Ubaldina Souza e Silva, são realizados, em média, 120 partos a cada mês no local.
Ubaldina informa que a Casa de Saúde já está em busca de novos profissionais. Entretanto, não há previsão de retorno dos atendimentos da maternidade.
Segundo o obstetra Rodolpho Mello, que faz parte do grupo que prestava serviços na unidade, há salários atrasados e outras exigências estão pendentes. A presidente do Sefas não confirma as informações do médico e garante que o hospital dispõem da infraestrutura necessária para os atendimentos realizados na maternidade:
- O contrato que venceu ontem (terça-feira) previa a renovação automática e um reajuste baseado no índice do IGPM. Eles (os obstetras) querem um índice maior, sendo que isso estava no contrato. Além disso, nós vivemos em momento de crise. Ninguém recebeu além do previsto, porque eu faria isso para um grupo só? A iniciativa de parar foi deles, não do hospital - declara Ubaldina.
Desde o dia 15, a Casa de Saúde também está com as cirurgias suspensas devido à falta de anestesistas. Conforme a irmã, não há prazo para a contratação de novos profissionais.