Imagine o seguinte cenário. Você é morador do Bairro Menino Deus, em Porto Alegre, e, após uma enxurrada, as águas turvas de arroios e esgotos invadem a sua casa. Móveis, eletrodomésticos, roupas, brinquedos dos filhos, entre outros objetos de uma vida, submergem. Paredes são danificadas, e portas, arrebentadas. É água suficiente para afogar a sua dignidade. Você é expulso do lar porque choveu demais, é claro, mas, sobretudo, porque obras básicas de macrodrenagens não foram feitas pelo poder público.
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