A prefeitura de Camaquã, na região Centro-Sul do Estado, decidiu suspender os atendimentos de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que possui uma UTI móvel e era responsável pelo deslocamento de pacientes para internação e atendimento em outros municípios. As informações são da Rádio Gaúcha.
O motivo, de acordo com o secretário-adjunto de saúde de Camaquã, é a falta de repasses dos governos Federal e Estadual. Rubem Machado afirma que, desde o ano passado, a União deixou de repassar R$ 640 mil e o Estado, a quantia de R$ 598 mil, que seriam destinados para a manutenção da equipe e dos serviços da ambulância avançada.
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- Se nos tivéssemos essa ambulância, nós teríamos mais um recurso. Mas nós felizmente não estamos sendo afetados, porque temos disponibilidade de mandar um paciente pra outra localidade com o auxílio de outros veículos - afirmou Machado.
Os serviços que eram disponibilizados pela UTI móvel agora estão sendo atendidos pelas outras ambulâncias de Camaquã. O secretário explicou que a cidade possui dois veículos do tipo resgate, seis de intervenção rápida e duas ambulâncias do Samu para atendimento dentro do município.
Restrição no Estado
Com esse caso, chega a 13 o número de instituições do Estado que tiveram os serviços de saúde restritos devido à falta de repasse de verbas. Nesta quarta-feira, a Fundação Hospital Santa Terezinha, em Erechim, suspendeu parte do atendimento eletivo ambulatorial e o ingresso de novos pacientes para hemodiálise e para tratamentos oncológicos e de traumatologia. Já a UPA 24 horas do município de Cruz Alta também está funcionando com 1/3 da capacidade devido ao atraso nos repasses.
Além disso, há restrição de atendimento na Santa Casa de Porto Alegre e nos hospitais das cidades de Guaíba, São Leopoldo, Montenegro, Farroupilha, Santa Maria, Capão da Canoa, Santo Augusto, Cerro Branco e Passo do Sobrado.
*Rádio Gaúcha