O diretor do Departamento de Segurança da Susepe, Mario Pelz, admitiu na manhã desta segunda-feira, que o número de agentes na Pasc no momento da fuga de Carlos Evair Souza da Silva, o Nego Zu, não era o suficiente.
Durante entrevista coletiva, Pelz declarou que apenas um servidor controlava a movimentação de presos de dentro de uma guarita após o horário de visitas, no final da tarde de sábado. O funcionário monitorava apenados de dois pátios, sendo que o ideal, segundo o diretor, seria de um agente para cada local.
De acordo com a Susepe, Nego Zu saltou dois muros da penitenciária antes de chegar à rua. Parte deste trajeto não foi captado pelas câmeras de monitoramento.
Na manhã desta segunda-feira, uma equipe da corregedoria da superintendência realizava um levantamento para apurar falhas do sistema de segurança da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. Além de revisar questões como o monitoramento por câmeras e pelos agentes, a Susepe pretende apurar porque os detentos seguiam no pátio do Pavilhão A uma hora depois da saída das visitas no sábado.
- Houve uma série de atrasos para a volta dos presos para dentro da galeria, o que não deve acontecer nunca. Não descartamos a hipótese de que isso tenha sido proposital e feito pelos presos para facilitar a fuga - diz Mario Pelz.
As primeiras imagens do monitoramento analisadas confirmam que alguns presos ajudaram o Nego Zu na fuga.
O fugitivo foi recapturado no final da tarde de domingo e colocado em isolamento por dez dias. O diretor Mario Pelz descarta, até o momento, participação ou omissão de servidores durante a fuga. Ninguém foi afastado.
*Diário Gaúcho