A Justiça homologou, nesta quinta-feira, o pedido de quebra de sigilo de cerca de 20 endereços de e-mail que supostamente são de Matias Ferraz, estudante de 23 anos, preso preventivamente em abril deste ano por extorsão e suspeita de pedofilia. As informações são da Rádio Gaúcha.
Polícia investiga se universitário preso extorquia vítimas em outras cidades gaúchas
Ele é acusado de hackear computadores e obter fotos de nudez, que eram usadas para extorquir vítimas. No computador que usava e em outros equipamentos eletrônicos foram encontradas fotos de pornografia infantil. Esses e-mails estavam em uma pasta no equipamento.
Decretada a prisão preventiva de universitário suspeito de extorsão e pedofilia
Conforme o delegado André Diefenbach, a suspeita é de que os e-mails sejam de contas de perfis falsos da rede social Facebook, usados pelo suspeito para abordar as vítimas.
Polícia investiga participação de namorada de universitário em crime de pedofilia
Será necessário fazer um procedimento junto ao Facebook, requisitando a preservação de provas. Depois, deverá ser encaminhada, via Ministério da Justiça, uma solicitação para que seja feito o diálogo com a empresa nos Estados Unidos, para que ela responda e envie o material solicitado.
Entre as vítimas do universitário de Santa Maria, estão três adolescentes
- É um procedimento burocrático que demora um pouco. Foram expedidas diversas cartas precatórias para municípios onde há vítimas identificadas para que as delegacias tomem depoimentos e depois os remetam para a gente - explica o delegado Diefenbach.
Especialista dá dicas de como saber se seu computador foi invadido por um hacker
O processo investigativo
A investigação faz parte do segundo inquérito do caso. Ele foi necessário devido a grande quantidade de fotografias de nudez ou que sugeriam cunho sexual, encontradas em computadores, pendrives e HDs apreendidos pela polícia.
O primeiro inquérito, onde o jovem foi flagrado extorquindo uma vítima, foi concluído pedindo o indiciamento por extorsão e por suspeita de pedofilia. O processo tramita na Justiça.