Vários líderes do G-7 reunidos na Bavária sinalizaram que devem manter em vigor as sanções contra a Rússia e ressaltaram que este não é o momento para uma postura mais branda. Esta será a segunda reunião de cúpula do grupo sem a participação da Rússia, que foi excluída do chamado G-8 no ano passado como resultado das ações do país na Ucrânia. Mesmo sem a presença do presidente Vladimir Putin, a Rússia deve ser um dos principais assuntos do encontro.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente dos EUA, Barack Obama, se reuniram antes da abertura oficial da cúpula e concordaram que a duração das sanções contra Moscou deve estar "claramente atrelada à implementação integral do acordo de paz de Minsk", de fevereiro, disse em comunicado a Casa Branca.
O presidente dos EUA faz um brinde na Alemanha (Foto: Daniel Karmann, AFP)
Participantes da reunião do G-7 devem emitir uma declaração conjunta sobre a situação na Ucrânia.
Em entrevista ao canal de TV ZDF, Merkel disse que existe a possibilidade do fim das sanções se todos se esforçarem, e que isso está, até certo ponto, nas mãos da Rússia e da Ucrânia.
Antes da abertura do encontro, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que tentará convencer a Europa a manter uma postura firme em relação à Rússia, embora alguns países, como a Grécia, estejam sofrendo com a diminuição dos investimentos e do fluxo de turistas russos. Ele lembrou, porém, que a proeminência britânica em serviços financeiros não impediu uma resposta firme do país às agressões apoiadas pela Rússia na Ucrânia.
O presidente da União Europeia, Donald Tusk, comentou que a única questão a ser discutida pela União Europeia é quando tornar as sanções contra a Rússia ainda mais rígidas, diante do rompimento do acordo de paz fechado em fevereiro.
- Se alguém quer dar início a um debate sobre mudanças no regime de sanções, a discussão só pode ser sobre fortalecê-las - disse Tusk, que foi primeiro-ministro da Polônia.
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