A Secretaria estadual da Segurança Pública (SSP) divulgou, nesta quarta-feira, as suas metas para o ano. Os indicadores de desempenho fazem parte do Acordo de Resultados 2015, divulgado no final de maior pelo governo Sartori. As ações estabelecidas englobam uma série de metas a serem cumpridas pelo órgão central e pelas instituições vinculadas à pasta - Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e IGP.
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Entre as principais metas da SSP está a redução em 2% dos índices dos principais crimes contra a vida e o patrimônio (homicídios dolosos, latrocínios, roubos e roubos de veículos e furtos). Também nesta quarta, a BM anunciou uma meta ainda mais ambiciosa: reduzir as ocorrências em 4% até o fim de 2015.
Sem detalhar os indicadores, também faz parte do planejamento estratégico do governo a ampliação do volume de drogas e armas apreendidas, dos índices de resolutividade dos crimes e da conclusão dos laudos periciais.
Outra aposta da nova gestão são as ações com base em inteligência policial, que norteiam todas as grandes iniciativas da Polícia Civil e Brigada Militar.
Com relação à tecnologia, destacam-se a utilização frequente das Plataformas de Observação Elevada (POEs) em todo Estado e a realocação das câmeras de monitoramento em Porto Alegre. Parte das câmeras que foram instaladas em Porto Alegre para monitorar atividades relacionadas à Copa do Mundo está sendo reposicionada em regiões consideradas de vulnerabilidade, de acordo com as estatísticas elaboradas pela secretaria. Outras serão mantidas, em virtude da necessidade de monitoramento de regiões como os bairros Centro, Cidade Baixa, Praia de Belas e Menino Deus.
Para o sistema penitenciário, o secretário Wantuir Jacini ressalta que as principais metas são a conclusão das obras das casas prisionais, a diminuição da reincidência criminal, a inclusão social do apenado, a capacitação profissional e o aumento da oferta de ensino à população carcerária.
Uma nova metodologia de análise estatística está sendo desenvolvida pela SSP, com o intuito de aperfeiçoar ainda mais os trabalhos desenvolvidos pelo Departamento de Gestão Estratégica Operacional (DGEO).
Segundo o Jacini, a secretaria deu início ao processo que resultará na análise da inteligência artificial a partir de duas metodologias: a que está em vigor desde 2003 e outra com as correções necessárias para apresentar os dados com base no número total de vítimas.
- No entanto, é preciso mudar toda a base de dados para que possamos ter a confiabilidade necessária para estabelecer uma comparação - lembra o secretário.
Desde 2003, a SSP utiliza a metodologia oficial do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp). As estatísticas criminais são utilizadas para retratar a situação da segurança pública e permitir o planejamento de ações policiais e de investimentos no setor.
A compilação dos dados é feita pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) por intermédio do módulo de estatísticas do Sinesp. O sistema é alimentado pelos órgãos de Segurança Pública dos Estados. O Sinesp visa a padronizar e organizar o fluxo dos dados junto às polícias, a partir dos procedimentos de registro das ocorrências criminais.
* Zero Hora