É aguardado para a tarde desta terça-feira o pedido oficial de desculpa do deputado santiaguense Miguel Bianchini (PPL), que declarou, recentemente, ser prática recorrente entre os parlamentares o recebimento de parte dos salários dos seus assessores. Ele ainda disse que teria sido pressionado a fazer o mesmo, mas que jamais o fará.
Na manhã desta terça, Bianchini, que está em seu primeiro mandato, esteve reunido com os 15 parlamentares que compõem o Colegiado de Líderes da Assembleia e o presidente da Casa, Edson Brum (PMDB). O saldo do encontro foi um pedido prévio de desculpa, mas que deve ser oficializado e lido, logo mais, em Sessão Plenária.
Logo que a reunião começou, por volta das 11h, a pedido de Bianchini, que é de Santiago, todos os assessores se retiraram da sala onde ocorreu a reunião do Colegiado de Líderes. Na sala, ficaram apenas os deputados. O encontro que durou quase uma hora e meia foi marcado pela tensão e o mal-estar entre os colegas e Bianchini. Na sala, foram reproduzidos áudios e lidos trechos de matérias sobre a polêmica declaração de Bianchini.
Durante o encontro, Bianchini pediu desculpa aos colegas, mas garantiu que emitirá um posicionamento oficial durante a Sessão Plenária desta tarde. Antes da reunião do Colegiado de Líderes da AL, houve uma reunião da Mesa Diretora, sem a presença de Bianchini, e as declarações do santiaguense dominaram o encontro.
São dois os prováveis cenários comentados na Casa: o pedido de desculpa pode ser aceito ou, inclusive, algum deputado que não se sinta contemplado com a retratação de Bianchini pode pedir com que o tema seja tratado junto à Comissão de Ética da Casa, que é presidida pelo deputado Juliano Roso (PC do B).