A Corsan rompeu, em definitivo, o contrato com a Sul Cava, empresa responsável pela obra da rede de esgoto do bairro Camobi, região leste de Santa Maria. A rescisão se deu ainda na última terça-feira e foi confirmada nesta sexta pela direção local da Corsan. O capítulo dá fim a uma longa novela envolvendo a companhia e a empresa, que se arrastava desde o ano passado. Ainda em outubro de 2014, a Sul Cava suspendeu os serviços, conforme a direção da Corsan. À época, a empresa pedia a liberação de aditivo financeiro para dar continuidade aos serviços. Porém, a companhia alegava não ser necessário atender ao pedido da Sul Cava.
O contrato terminou por meio de uma rescisão consensual, segundo o superintendente da Corsan, José Epstein. Ele afirma que houve um entendimento jurídico, entre as partes, diante do impasse. Epstein sinaliza que parte do que era pleiteado pela empresa foi atendido. Contudo, outras demandas solicitadas não foram atendidas pela companhia.
- Havia elementos procedentes frente aos pedidos feitos pelas empresas. Porém, outras situações não eram compatíveis e, obviamente, não foram atendidas por nós - garante Epstein.
A obra de escavação, que era feita pela empresa, tem um custo de R$ 14,5 milhões. Agora, uma nova licitação, avaliada em cerca de R$ 20 milhões, deve ser lançada na próxima semana. A ideia é que a abertura com as propostas das empresas ocorra ainda em agosto. A estimativa é que, não havendo contratempos dentro da licitação, o nome da empresa vencedora seja conhecido em setembro e, com isso, se tenha a retomada das obras.
O saldo dessa rescisão é o adiamento da data inicial de conclusão da obra, que era para ser entregue até o fim deste ano. Como terá de ser feita uma nova licitação, o prazo será estendido e, com isso, a obra pode ser entregue no final de 2016 ou ainda no decorrer de 2017. A obra iniciada em 2013 deveria ser concluída em até dois anos.
Material comprado e menos tempo de obra
Assim que a obra possa ser retomada, a intenção da Corsan é que os serviços sejam concluídos em, no máximo, 18 meses. Agora, a promessa é de maior celeridade nos serviços, segundo Epstein:
- Queremos que a nova empresa faça, em média, quatro quilômetros de tubulação por mês. Seriam, a princípio, de quatro a cinco empresas. O objetivo é, sem dúvida, recuperar esse passivo e entregar uma importante obra à população.