O Senado americano aprovou, nesta terça-feira, um projeto de reforma que reduz os poderes da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), particularmente os relacionados à coleta maciça de dados telefônicos, autorizada após os atentados de 11 de setembro de 2001.
A reforma, denominada de USA Freedom Act (Lei da Liberdade dos EUA), tem como objetivo limitar o programa da NSA de coleta de metadados das chamadas telefônicas (hora, duração, número discado), a mais criticada das medidas de espionagem colocadas em vigor no âmbito do Patriot Act (Lei Patriótica).
Impasse no Senado dos EUA provoca suspensão de lei sobre espionagem
Já aprovada pela Câmara dos Representantes, a lei tem que ser promulgada por Barack Obama. No Twitter, o presidente americano saudou a aprovação das medidas, afirmando que as reformas protegem tanto os direitos dos cidadãos, como da pátria. "Fico feliz de que o Senado finalmente tenha aprovado a Lei da Liberdade. Ela protege as liberdades civis e nossa segurança nacional. Vou sancioná-la assim que recebê-la", tuitou Obama.
O texto prevê transferir os dados fornecidos até agora às companhias de telecomunicações para acalmar os temores sobre a vigilância dos americanos de parte do governo.
A amplitude dos poderes de espionagem da NSA tinha sido revelada por seu ex-analista, Edward Snowden, em junho de 2013.
*AFP