O corregedor-geral da Comissão de Ética Parlamentar da Assembleia Legislativa, deputado Marlon Santos (PDT) recomendou a abertura de um processo disciplinar contra o deputado Diógenes Basegio, do mesmo partido, por quebra de decoro parlamentar. A decisão ocorreu após uma reunião na noite desta terça-feira.
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Ele foi acusado pelo ex-chefe de gabinete, Neuromar Gatto, de cometer irregularidades, como extorsão de salários de funcionários e fraude para aumentar o valor da indenização por uso de veículo particular em serviço. Ainda, segundo informações da Rádio Gaúcha, um outro item foi assumido pelo próprio parlamentar em entrevista ao programa Gaúcha Repórter. O deputado manteve uma servidora fantasma, mulher de um assessor que não poderia ser contratado legalmente, embora prestasse serviços ao mandato.
O corregedor decidiu denunciar o pedetista pela contratação da funcionária-fantasma, admitida pelo deputado em uma entrevista à Rádio Gaúcha. Sobre as supostas extorsões e a adulteração de odômetros de carros, Marlon Santos denunciou Basegio por omissão. Na sua análise, o corregedor concluiu que a responsabilidade por essas condutas era do ex-chefe de gabinete, Neuromar Gatto.
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Uma subcomissão composta pelos deputados Enio Bacci (PDT), Jeferson Fernandes (PT) e Sérgio Turra (PP) irá apurar as denúncias nos próximos meses - o encaminhamento do processo deve terminar em agosto, segundo a AL. O grupo terá o prazo de 10 sessões ordinárias para se pronunciar - não está descartado um pedido de cassação do deputado. Se o parecer for favorável à penalidade, o texto precisará do aval da Comissão de Ética. Depois, ainda deve ir para plenário para a decisão de todos os deputados.
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Nesta segunda-feira, em seu perfil no Twitter, Basegio declarou que não irá renunciar "sob hipótese alguma".
"Não tenho perfil para servir de bode expiatório de nada nem de ninguém. Provarei minha inocência", diz uma das mensagens. "Não entrei na vida pública para sair dela pela porta dos fundos. Nada temo, irei até as últimas consequências para esclarecer tudo", informa outra postagem.
*Zero Hora e Rádio Gaúcha