
Os professores e trabalhadores na educação do Paraná decidiram por unanimidade, na terça-feira, manter a greve iniciada no dia 25 de abril em todo o Estado. A categoria protestou contra a violência policial durante manifestação ocorrida no dia 29 de abril, quando ficaram feridas mais de 200 pessoas, segundo a prefeitura de Curitiba.
Sob os gritos de "a greve continua" a categoria - que representa 70% do funcionalismo público do Paraná - optou pela continuidade do movimento, em especial contra o projeto de lei que alterou o regime previdenciário dos servidores públicos estaduais. Cerca de 10 mil educadores, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública, participaram da assembleia no Estádio Dorival Britto e Silva (Vila Capanema).
Na terça, professores tingiram as águas do chafariz em frente ao palácio do governo. Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
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Eles também decidiram pedir a anulação da sessão da Assembleia Legislativa que aprovou o projeto de lei que modifica o sistema de Previdência Social dos servidores estaduais.
Na próxima semana, os professores prometem nova reunião entre o comando de greve e representantes do governo do Estado para tratar da pauta de reivindicações. Depois do encontro, eles fazem outra assembleia para decidir se vão manter a paralisação.
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Os professores reivindicam reajuste de 13,1% retroativo à data-base, a realização de concurso público e melhores condições de trabalho.
O Paraná Previdência é formado pelos fundos Militar, Financeiro e Previdenciário. O governo paranaense quer tirar 33 mil aposentados com mais de 73 anos do Fundo Financeiro, sustentado pelo Tesouro estadual e que está deficitário, e transferi-los para o Fundo de Previdência estadual, pago pelos servidores e pelo governo, que está superavitário.
Os professores são contra o projeto porque dizem que vai prejudicar a aposentadoria dos servidores para "salvar as contas do governo".
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*Agência Brasil