Sete investigados foram ouvidos na sessão desta segunda-feira da CPI da Petrobras, que encerrou por volta das 19h na Justiça Federal de Curitiba (PR). A última, Iara Galdino, condenada a 12 anos de prisão por crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, foi uma das poucas a falar. Ela admitiu que trabalhava para Lucas Pacce, funcionário de Nelma Kodama, e que sua função era abrir empresas de fachada para o esquema, mas disse que nunca soube que as empresas serviam para políticos receberem dinheiro desviado da Petrobras.
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A audiência começou pela manhã. Às 9h, o doleiro Alberto Youssef começou a ser interrogado pela CPI. No início da tarde, o empresário Mário Góes se negou a responder às perguntas dos deputados, e foi liberado. O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró também preferiu se reservar ao direito de ficar calado. Ele afirmou que deveria estar respondendo em liberdade.
Apesar de permanecer em silêncio, o depoimento do empresário Fernando Soares - o Fernando Baiano - causou bate-boca na sessão. O advogado de Baiano se exaltou contra alguns deputados após eles sugerirem a delação premiada.
Após Baiano, foi ouvido Guilherme Esteves de Jesus - acusado de ser o operador financeiro do estaleiro Jurong -, o dono de empresas de terraplanagem Adir Assad e Iara Galdino, apontada como funcionário da doleira Nelma Kodama. Ele não concedeu nenhuma resposta durante a sessão.
Adir Assad também prestou depoimento à CPI da Petrobras. Ele avisou que não responderia aos parlamentares e foi liberado após uma série de questionamentos.
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Na terça-feira, a CPI irá ouvir a doleira Nelma Kodama, o doleiro Carlos Habib Chater, René Pereira (ligado a Youssef), os ex-deputados Luiz Argolo, André Vargas e Pedro Corrêa
Os fatos que marcaram a operação:
Abaixo, veja o que já ocorreu durante as investigações: