A maioria dos países tiveram um início de ano ruim para a economia e desaceleraram o ritmo de crescimento no primeiro trimestre de 2015. Com o recuo de 0,2%, o Brasil apresentou um dos piores resultados.
Entre as maiores economias, a China mais uma vez teve o melhor desempenho. O gigante asiático avançou 7% no primeiro trimestre. O resultado, porém, representa o crescimento mais baixo para o período desde 2009, segundo os dados oficiais do governo de Pequim.
Os Estados Unidos também reduziram o ritmo de crescimento neste início de ano e avançaram 0,2% segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Departamento do Comércio do país. Apesar de menor do que o esperado, o avanço de consolida a recuperação americana e reflete a queda nos índices de desemprego que recuaram para 5,6%, menor patamar em seis anos e meio.
A Europa tem recuperado a força econômica, embora num ritmo muito mais lento que o exibido pelos EUA. O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,4% no primeiro trimestre do ano ante os últimos três meses de 2014, segundo dados preliminares divulgados pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado indicou aceleração em relação ao quarto trimestre do ano passado, quando o PIB da região subiu 0,3% ante o trimestre anterior.
Entre os países emergentes, 2015 tem sido um ano ruim. Além da China, África do Sul também colocou o pé no freio. Em meio a apagões de energia elétrica no país, que motivaram a redução nas contratações nos setores industrial e de mineração, a África do Sul registrou crescimento de 1,3%. O resultado ficou levemente abaixo da previsão dos analistas (1,5%) e também inferior à meta do governo para 2015, de 2,0%.
Nada perto, no entanto, da desaceleração russa, que encolheu 1,9% no trimestre. A economia russa enfraqueceu bastante no último ano devido a sanções do Ocidente com crise na Ucrânia. Os analistas atribuem recuo ao modelo econômico extremamente dependente do petróleo e do gás.