Os advogados públicos federais protestaram nesta quarta-feira em frente ao prédio da Advocacia Geral da União (AGU), em Brasília, por melhores condições de trabalho e falta de investimentos em infraestrutura. Os advogados informaram que os cargos de chefia do órgão devem ficar desocupados a partir de quinta-feira, quando serão formalizados os pedidos de exoneração.
- Além dos pedidos de desoneração dos cargos de chefia e coordenação, serão entregues amanhã declarações formais de colegas que prometeram não ocupar mais esses cargos. Não terão outros [profissionais] para assumir. O órgão ficará anencéfalo - disse o diretor-geral da União dos Advogados Públicos Federais do Brasil (Unafe), Roberto Mato.
Para o diretor, as soluções seriam simples de serem tomadas e evitaria a atual situação. Segundo ele, um dos principais problemas é a falta de recursos para o exercício da atividade.
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- Temos problemas como a falta de gasolina nas viaturas, prédios ameaçados de despejo e diárias aviltantes. São coisas mínimas que poderiam ser resolvidas bem rápido - avaliou.
Os advogados também reivindicam a equiparação salarial com servidores do Ministério Público e Defensoria Pública, bem como a votação das propostas de emenda à Constituição (PEC) 443 e 82, que estabelecem parâmetros para fixação de subsídios aos integrantes da carreira.
De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni), Bruno Fortes, a defasagem nos salários e a falta de estrutura impossibilitam o órgão de funcionar como deveria.
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- Temos uma defasagem de mais ou menos 60% em relação aos demais órgãos com funções semelhantes. A AGU funciona como local de passagem. As pessoas entram aqui e depois migram para outros órgãos. Temos um índice de 45% de evasão - afirmou.
Porcurada pela Agência Brasil, a Advocacia Geral da União não se pronunciou até a publicação da matéria
*Agência Brasil