O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão, será colocado à disposição do governo brasileiro para retorno ao País a partir do dia 11 de maio. O comunicado foi feito de forma extraoficial pela Itália a autoridades brasileiras. A partir desta data, começará a contar o prazo final de 20 dias dado ao Brasil para promover a viagem.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta segunda-feira, que o governo brasileiro ainda não recebeu o comunicado oficial da Itália sobre a data a partir da qual Pizzolato será liberado, o que deve ocorrer nos próximos dias. Segundo ele, o retorno do ex-diretor do BB deve ser realizado antes do prazo final de 20 dias.
Itália autoriza extradição de Pizzolato, condenado no mensalão
- Vamos fazer isso da maneira mais reservada possível dentro daquilo que o tempo nos permite. É desejo nosso que façamos com a maior agilidade toda a transferência - completou Cardozo.
A Polícia Federal tinha previsto inicialmente a volta de Pizzolato para a próxima quinta-feira. Logo depois a data foi descartada, diante da ausência de comunicação oficial por parte da Itália. Nesta terça-feira, a PF realiza uma reunião para discutir a data da viagem e os trâmites logísticos.
Condenado a 12 anos e 7 meses de prisão, Pizzolato deve descontar do total da pena o período que já permaneceu preso na Itália, de 11 meses. A extradição do ex-diretor do Banco do Brasil foi autorizada pela Itália na última sexta-feira.
Pizzolato deve ser transportado em voo comercial para Brasília, onde cumprirá pena no Complexo Penitenciário da Papuda, presídio no qual outros condenados no mensalão já cumpriram pena.