Antes da reunião entre caminhoneiros e governo federal começar, o clima era de incerteza em Brasília. Motoristas gaúchos que foram à capital federal para participar do encontro afirmaram que, caso o governo não se comprometa em criar uma tabela para o preço mínimo do frete, uma nova paralisação será realizada no país, a partir da meia-noite de quinta-feira.
Essa é a principal reivindicação da categoria, que será ouvida na tarde desta quarta-feira pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, na sede da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT). A medida é vista como inconstitucional pelo governo, que afirma não poder interferir no mercado.
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Já os caminhoneiros discordam da posição. Para a categoria, a tabela de frete serviria apenas como uma sugestão às empresas de transporte, e por isso seria constitucional. Esta é a terceira reunião entre motoristas e Rossetto. Em um encontro realizado no final de março, os motoristas saíram sem uma resposta concreta por parte da União.
Embora a regulamentação da Lei dos Caminhoneiros, uma das reivindicações da categoria na paralisação de fevereiro, tenha sido publicada na semana passada no Diário Oficial da União, os motoristas ainda mostram insatisfação. Segundo eles, o governo atendeu apenas em parte as reivindicações.