Em busca de recursos para combater a crise financeira do Estado, o governador José Ivo Sartori recebeu palavras de apoio de deputados e senadores, mas deixou Brasília, ontem, sem a aguardada reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Sem o encontro, tentado ao longo do dia, Sartori protocolou na Fazenda um pedido de agenda com Levy. No mesmo documento, solicitou atenção do governo federal para repassar ao Estado sua parcela referente a 2014 do fundo de auxílio às exportações. O Piratini esperava para janeiro o repasse de cerca de R$ 120 milhões, o que ainda não ocorreu.
- É a parte de recursos do fundo de que não chegaram aos cofres do Rio Grande do Sul. Qualquer recurso que ingressar, hoje, nas finanças do Estado ajuda a dar mais uma oportunidade à solução do caixa - disse Sartori.
O governador também pretendia ouvir de Levy uma previsão sobre a regulamentação da lei que altera o índice que corrige a dívida dos Estados com a União, capaz de abrir um espaço para o Rio Grande do Sul contrair novos empréstimos.
Em reunião à tarde com a bancada gaúcha, na Câmara, quando recebeu palavras de apoio dos parlamentares, Sartori disse ter a sinalização de que a regulamentação só sairá em 2016.
Em cerimônia no Ministério dos Transportes, que federalizou parte da RSC-470 entre Lagoa Vermelha e São Jerônimo, o governador conversou sobre a situação das finanças gaúchas e pediu auxílio federal ao ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas.
Sartori ainda teve agendas na Secretaria de Aviação Civil e no Ministério da Previdência, onde tratou de recursos de compensações nas aposentadorias entre União e Estados. O governador tenta evitar atrasos no pagamento da folha estadual.
- Estamos fazendo todo o esforço possível para que isso não aconteça, porque os servidores têm famílias e suas vidas. Esse é o nosso trabalho, esse é o motivo da minha presença em Brasília - justificou Sartori.