A executiva do Partido Progressista fará uma reunião extraordinária nesta segunda-feira para ouvir explicações dos seis políticos da sigla citados na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por suspeita de participação no esquema de corrupção da Petrobras. A reunião será às 17h no diretório do Partido Progressista, em Porto Alegre. As informações são da Rádio Gaúcha.
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O presidente do Partido, Celso Bernardi, afirma que os políticos têm a obrigação de prestar esclarecimentos mesmo que não tenham envolvimento na fraude. Bernardi cita ainda que o PP gaúcho não tem compromisso com erros individuais.
- Acho que é um direito do partido e um dever dos deputados dar explicações. Nós tentaremos ouvir, ver o que eles pensam desse problema. Cada um buscará a sua defesa, obviamente, mas temos que reconhecer que há um desgaste, um prejuízo para a imagem do partido - destacou o presidente do PP gaúcho.
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Serão investigados os atuais deputados federais Afonso Hamm, José Otávio Germano, Jerônimo Goergen, Luis Carlos Heinze e Renato Molling. O ex-deputado Vilson Covatti também está na lista dos investigados.
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Contrapontos
O que diz Jerônimo Goergen
Jamais recebi e jamais receberia mesada. Minha história dentro da bancada é de um confronto incansável para justamente mudarmos a forma com que se fazia política. O esquema e os líderes desta situação na Petrobras são de 2004, cheguei na Câmara em 2011. Vou processar o doleiro Alberto Youssef.
O que diz José Otávio Germano
Por meio do advogado José Paganella Boschi, o deputado nega o envolvimento com o caso e quer esclarecê-lo o mais rápido possível. Ele teve relacionamento apenas institucional com a Petrobras, pois já presidiu a Comissão de Minas e Energia da Câmara. Os sigilos bancário, fiscal e telefônico dele já estão à disposição da Procuradoria-Geral da República.
O que diz Afonso Hamm
É um absurdo, eu nunca recebi recursos deste esquema, não recebi um centavo. Quando um deputado recebe algum repasse do partido, recebemos recursos oficiais no período de eleição, que é o que está na prestação de contas.
O que diz Luis Carlos Heinze
Meus eleitores conhecem minha postura. Não recebi mesada durante o mensalão e também não recebi no caso da Petrobras. Se o partido cometeu erros, não fiz parte deles. Vou ao Supremo pedir uma acareação com Alberto Youssef, quero saber quem colocou meu nome em um esquema do qual não faço parte.
O que diz Vilson Covatti
Nunca ninguém me ofertou nem eu pedi dinheiro de corrupção. Nunca recebi mesada, estou indignado. Nunca fiz parte dos grupos políticos do PP, não era do time do Mário Negromonte ou do time do Arthur Lira. Pelo contrário, fiz enfrentamentos aos grupos. Serei um guerreiro incansável para provar minha inocência.
O que diz Renato Molling
Zero Hora tentou contato por telefone com o deputado, que não retornou as ligações.