Um dos seis gaúchos com pedido de abertura de inquérito aceito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) pediu afastamento do diretório estadual do PP. O parlamentar preferiu se licenciar para se defender e prestar os esclarecimentos sobre a suspeita de envolvimento no esquema de desvios da Petrobras.
- Não estou preocupado com prazos para minha volta ao diretório. Vou me defender das acusações e não quero prejudicar meu partido. Tenho orgulho do partido e dos meus companheiros. Se existe algo que desejo neste momento, é preservar minha honra - disse em entrevista a ZH.
Goergen é alvo de inquérito ao lado dos também deputados federais do PP Afonso Hamm, José Otávio Germano, Luis Carlos Heinze e Renato Molling, além do ex-deputado Vilson Covatti. Os seis teriam recebido mesada que variava entre R$ 30 mil e R$ 150 mil, oriundos de contratos da Petrobras, conforme depoimentos do doleiro Alberto Youssef.
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Os próximos passos da investigação
Na manhã deste sábado, o progressista utilizou sua conta no Twitter para se defender.
"Enfrentarei tudo de cabeça erguida e c coragem. Juro só isto quero na vida de agora em diante", disse.
O deputado e os outros cinco colegas investigados darão esclarecimentos para a executiva estadual do PP na próxima segunda-feira. Presidente da sigla, Celso Bernardi convocou reunião extraordinária para tratar do assunto. Ele acredita que o afastamento de Goergen do diretório possa ser repetido pelos outros parlamentares presentes na lista da Operação Lava-Jato.
- É um bom caminho (os afastamentos). Não podemos condenar ninguém de forma prévia, mas o partido quer ouvir os deputados. A imagem política do PP já está arranhada - diz Bernardi.