O promotor do Ministério Público de Marselha, Brice Robin, disse, nesta quinta-feira, que a queda do Airbus A320 da Germanwings foi provocada de forma deliberada pelo copiloto da aeronave. Andreas Lubitz, 28 anos, teria negado o acesso do piloto à cabine voluntariamente. Todos os 150 ocupantes do avião (144 passageiros e seis tripultantes) morreram.
O Airbus 320 caiu por volta de 6h30min (10h30min no horário de Brasília) de terça-feira sobre a região dos Alpes franceses. A aeronave havia decolado de Barcelona, na Espanha, e se dirigia a Düsseldorf, na Alemanha. O piloto e o copiloto eram alemães. Os passageiros eram de 18 países - sendo que 35 mortos eram espanhóis e 72, alemães.
Segundo afirmação do promotor em entrevista, os registros de áudio da caixa-preta mostram que um dos tripulantes deixou a cabine e que o copiloto estava "vivo e respirando". Ele disse que o copiloto não disse nenhuma palavra e que "parece ter derrubado o avião deliberadamente". A aeronave não emitiu qualquer sinal de alerta antes de começar a descida em direção às montanhas, confirmaram autoridades.
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Os áudios mostram que os passageiros começaram a gritar apenas pouco antes do impacto final do avião. As investigações sobre as causas do acidente aéreo prosseguem. Robin afirmou que, até o momento, não se pode falar em suicídio.
De acordo com o investigador, a análise da caixa-preta de dados irá ajudar os investigadores a entender melhor o que aconteceu. Por enquanto, não há indícios de envolvimento de outras pessoas.
Ainda nesta quarta-feira, uma fonte próxima das investigações disse ao jornal "New York Times" que a gravação da caixa-preta indicava que um dos pilotos teria ficado trancado para fora da cabine e não teria conseguido voltar. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira pelos investigadores.
Um perfil no Facebook trata o copilotos como "herói" da organização terrorista islamita Estado Islâmico. O promotor responsável pelo caso, no entanto, afirma que Andreas não tinha ligação com o terrorismo. De acordo com a Lufthansa, dona da Germanwings, o copiloto havia sido contratado em setembro de 2013 e tinha 630 horas de voo de experiência.
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* Zero Hora, com agências