A explosão em um navio-plataforma no Espírito Santo, ocorrida nesta quarta-feira, deixou, pelo menos, três mortos, além de diversos feridos e outros desaparecidos. No entanto, o acidente não é o único envolvendo plataformas de exploração de petróleo no Brasil.
Em pouco mais de duas décadas, pelo menos dois incidentes deixaram 48 mortos e outros dois terminaram apenas com danos materiais e ao meio-ambiente.
ZH relembra quando e como aconteceram esses outros acidentes:
Janeiro de 2014: um incêndio na plataforma P-62 instalada no Campo de Roncador, na Bacia de Campos, no RJ, deixou apenas danos materiais. Na época, a Petrobras explicou que o incidente foi provocado durante o deslocamento da plataforma para o campo, quando ocorreu um incêndio de "pequenas proporções" em um gerador temporário a bordo. Segundo a companhia, a equipe de combate a incêndios atuou rapidamente para debelar o fogo e os danos se limitaram a equipamentos.
Novembro de 2011: um acidente num poço de petróleo da empresa americana Chevron em Campo do Frade, na Bacia de Campos, resultou no vazamento do equivalente a 3.700 barris de óleo. O incidente poderia ter sido evitado se a Chevron tivesse conduzido suas operações de acordo com a regulamentação da ANP e com seu próprio manual de procedimentos, apontou um relatório da ANP meses depois. De acordo com a agência, o vazamento da Chevron significou 96% do total dos vazamentos de óleo no Brasil naquele ano.
Março de 2001: então considerada a maior plataforma do mundo, a P-36, que ficava no Campo de Roncador, na Bacia de Campos, a 130 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, naufragou em 2001, após três explosões, causando a morte de 11 trabalhadores. Os mortos eram todos integrantes da equipe de emergência. De acordo com um relatório da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e da Marinha, o acidente foi consequência de erros de projetos, manutenção e operação. Em 2007, a P-36 acabou sendo substituída pela P-52, cuja construção começou em Cingapura e foi concluída no Brasil.
Agosto de 1984: considerado o acidente mais grave da história brasileira, a explosão da plataforma de Enchova, da Petrobras, situada na Bacia de Campos, deixou 37 mortos e 23 feridos. A perfuração de um poço de petróleo provocou a explosão, que foi seguida de um grande incêndio. Quando um dos cabos de aço da baleeira na qual alguns trabalhadores tentavam escapar ficou preso, o outro se rompeu e a embarcação despencou de 30 metros de altura. A falta de manutenção adequada e a condenação de alguns equipamentos da plataforma podem ter sido as principais causas do desastre.
* Zero Hora