A rodoviária de Porto Alegre está entre as concessões em situação precária. Mas diferentemente de municípios em que o baixo rendimento afasta investidores, na Capital, a estação é um negócio atrativo e, por isso, desperta interesse de pelo menos outras três empresas, além da Veppo, atual administradora, segundo o diretor-geral do Daer, Ricardo Moreira Nuñez.
Para regularizar a situação do principal terminal rodoviário do Estado, em julho de 2014, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou prazo de 180 dias para que o Daer apresentasse um plano de regularização que envolvesse a licitação do serviço.
Entregue no fim do ano passado para a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado (Agergs), a proposta passa pela análise de três diretorias e deve ser submetida ao conselho da agência até a segunda semana de março.
A licitação é tratada como "tampão" porque o contrato terá duração de cinco anos, como ocorre atualmente com a Veppo. O prédio da rodoviária pertence ao Daer e os espaços comerciais que funcionam no local são licitados individualmente pelo próprio departamento.
- Seria mais interessante que a empresa assumisse toda a administração do prédio, isso até agilizaria esses procedimentos - avalia Nuñez.
Em 2020, o Daer pretende lançar um edital para contrato de 20 anos, em substituição ao atual, prevendo climatização, salas de embarque e um novo projeto arquitetônico para modernizar o terminal.