Ao decretar a prisão preventiva do comissário Nilson Aneli, o juiz Emerson Silveira Mota, da 2ª Vara Criminal do Foro de Tramandaí, registrou haver "fortes indícios de que ele estava fazendo a segurança pessoal do líder de uma organização criminosa vinculada ao tráfico de drogas".
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Para o juiz, a aparente relação "espúria de um agente da autoridade com o crime organizado atenta não só contra a ordem pública, mas contra o próprio estado democrático de direito."
A prisão de Aneli foi decretada em Tramandaí, na última sexta-feira, a pedido da Corregedoria-Geral da Polícia Civil (Cogepol). Ele foi preso na segunda-feira, ao se apresentar em um órgão policial na Capital.
O juiz destacou que a investigação da Cogepol aponta indícios do envolvimento do comissário com a segurança do traficante, que foi executado em 4 de janeiro, em Tramandaí, supostamente por uma quadrilha rival. As circunstâncias do ataque à casa em que Xandi foi morto, e onde Aneli estaria, segundo testemunhas, no momento do tiroteio, são investigadas pela polícia de Tramandaí.
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A Cogepol apura as relações de Aneli com Xandi e seu grupo, conhecido por dominar o tráfico no condomínio Princesa Isabel, na Capital. Aneli foi chefe da segurança pessoal do ex-secretário da segurança, Airton Michels, por quatro anos. E confessou a Michels ter feito segurança na casa onde Xandi foi morto.
* Zero Hora