Em São Paulo, os empresários veem sua produção ameaçada e investem alto em mecanismos para reduzir o consumo e adiar medidas mais drásticas como mudar de endereço, demitir ou até fechar as portas.
Arnaldo Ito é sócio de uma empresa de cromação (aplicação de revestimento metálico, que exige alto volume de água). Na semana passada, pela primeira vez, a indústria da Mooca, com 30 funcionários, ficou todo o dia sem abastecimento público.
- Por sorte, havíamos recém instalado um reservatório de 15 mil litros e conseguimos manter o trabalho - explica Ito.
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Na quarta-feira, a indústria instalava a etapa final de um sistema de reaproveitamento da água. A estrutura, adquirida de empresa gaúcha, reduzirá o consumo de 220 mil litros mensais em mais da metade. Apesar do investimento de mais de R$ 200 mil, não há garantia de sucesso.
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Os donos cogitaram até deixar São Paulo, mas o custo é impossível no momento.
- Se ficarmos cinco dias sem água, talvez tenhamos de parar a produção. O jeito é torcer para a água não acabar de vez - conclui Ito.