Em continuidade às investigações da primeira (Guaporé) e da quinta (Teutônia) fase da Operação Leite Compen$ado, o Ministério Público (MP) cumpriu três mandados de prisão em Guaporé, na Serra.
Leandro Vicenzi e seu pai, Luís Vicenzi, foram presos por serem sócios da empresa LTV - Indústria, Transporte e Comércio de Laticínios Ltda, e, segundo as investigações, seriam os responsáveis por todo o esquema criminoso destinado à adulteração de leite em Guaporé.
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De acordo com o MP, enquanto Leandro seria o mentor do esquema criminoso, chefiando todas as atividades que eram desenvolvidas, Luís adquiria e administrava os produtos químicos utilizados na preparação da mistura adicionada criminosamente ao leite (soda cáustica, sal, bicarbonato de sódio, maltodextrina e ureia contendo formaldeído). Além disso, o pai seria uma espécie de "olheiro", na medida em que observava a movimentação dos fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e orientava os motoristas em caso de fiscalização.
Leandro Vincenzi foi recolhido preventivamente ao Presídio Estadual de Guaporé em maio do ano passado, por força de mandado expedido pela Comarca de Guaporé. Entretanto, em dezembro, foi solto em razão de um habeas corpus do Tribunal de Justiça.
A terceira pessoa presa foi Daiane Ampese Vincenzi, mulher de Leandro. As investigações apontaram que, mesmo após a interdição da LTV (em maio de 2013, pelo Mapa) e, inclusive, no período em que o marido esteve preso, Daiane, com o auxílio direto do sogro e de Ércio Vanor Klein, assumiu as funções de Leandro, passando a administrar e gerenciar as supostas atividades fraudulentas envolvendo o recebimento e a manutenção das cargas de leite adulteradas/corrompidas que iam para a Pavlat.
Já na quinta fase da Operação Leite Compen$ado (deflagrada em maio deste ano na Comarca de Teutônia), foi apurado que Ércio Vanor Klein, sócio administrador da empresa Pavlat (localizada em Paverama) e que segue recolhido no Presídio Estadual de Lajeado, recebia, para manter em depósito e expor à venda, leite adulterado e/ou corrompido.
No prosseguimento das investigações, o Ministério Público apurou que Leandro Vincenzi é sócio oculto da Pavlat (Leandro Vincenzi já figurou formalmente no contrato social da referida empresa em 2010 e em 2012). Na primeira fase da Operação Leite Compensado, a LTV já destinava o leite adulterado/corrompido, nocivo à saúde e impróprio ao consumo humano, para a Pavlat, para posterior industrialização e comercialização.
Operação Leite Compen$ado
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Os três foram incluídos na denúncia que envolve adição criminosa desde água até soda cáustica, antibiótico, bicarbonato de sódio, ureia e formol
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