O vereador de Canoas Celso Jancke (PP) deixou o Presídio Central de Porto Alegre por volta de 18h desta quinta-feira (28). Ele estava preso desde a última segunda. O alvará de soltura atendeu a um pedido da defesa do parlamentar. O Ministério Público (MP) havia obtido na Justiça um mandado de prisão temporária por cinco dias, com o objetivo de ouvir testemunhas de um suposto esquema em que parlamentares da cidade exigiam parte dos salários de funcionários cargos de confiança (CC’s).
Além de Jancke, o MP investiga os vereadores Francisco da Mensagem (PSB) e Doutor Pompeo (PTB). Durante a ação feita no início da semana, o ex-chefe de gabinete de Pompeu, Cleber da Silva Britto, e o assessor de Jancke, Cláudio Roberto Saldanha, foram presos em flagrante por porte ilegal de armas e munições. Eles vpagaram fiança de R$ 700 reais cada um e foram liberados.
Conforme o promotor Flávio Duarte, responsável pela investigação, no caso de Jancke, os funcionários eram obrigados a retirarem empréstimos consignados, entre R$ 40 mil e R$ 70 mil, que eram entregues ao vereador em mãos.
As investigações dão conta, ainda, da existência de funcionários fantasmas, que repassavam todo o salário aos parlamentares, e lavagem de dinheiro, através do depósito do repasse nas contas de familiares. O repasse do dinheiro foi comprovado por quebras de sigilo bancário.