A Prefeitura de Porto Alegre vai fazer um teste para ampliar área de circulação de pedestres na Região Central, elegendo uma rua para suspender a circulação de veículos. A previsão é que isso ocorra em três meses.
A estimativa é de Glênio Viana, coordenador do grupo de trabalho criado pela prefeitura para avaliar a proposta. Segundo ele, as mudanças podem ocorrer inicialmente em uma das três ruas do Centro analisadas no projeto inicial: Marechal Floriano Peixoto, Andradas e Vigário José Inácio.
Pelos dados oficiais, somente 14% das pessoas chegam ao Centro de carro, o que justificaria um maior espaço para os pedestres. Segundo o coordenador da Mobicidade (Mobilidade Urbana em Bicicleta), Marcelo Guidoux Kalil, o projeto valorizaria o Centro, o pedestre e o próprio comércio local.
O comércio também aprova um maior espaço para que as pessoas possam circular e acessar as lojas. Segundo o Sindilojas, é uma forma de valorizar o Centro, já que a região compreende 35% das vendas do comércio de Porto Alegre.
A prefeitura confirmou que as discussões estão em andamento. Nesta etapa, são feitos levantamentos, e visitas de campo. A ideia é dar uma resposta a curto prazo, com sinalização e balizadores. No longo prazo, aplicar mudanças mais estruturais.
Calçadas curtas e pedestres na rua
Em sete ruas visitadas pela reportagem da Radio Gaúcha os problemas nas calçadas são os mesmos: curto espaço para a circulação do pedestre e obstáculos que diminuem o espaço da calçada. A situação mais critica é na Rua Senhor dos Passos, entre a Voluntários da Pátria e a Praça Dom Feliciano, próximo a Santa Casa, onde o espaço para caminhar chega a menos de um metro em alguns trechos.
A calçada apresenta imperfeições no piso, estabelecimentos onde a construção invade o passeio e uma banca de jornal que diminui em 80% o trecho de circulação, próximo a Rua dos Andradas. O auxiliar administrativo, Mauricio da Cruz, disse que enfrentar o trecho caminhando pela rua, junto aos carros, é um risco.
"A gente acaba se obrigando a fazer isso (caminhar entre os carros), já que as calçadas não oferecem a condição adequada. (...) Se torna muito perigoso", afirmou.
Os pedestres também se arriscam entre carros na Rua dos Andradas. No trecho entre a Marechal Floriano e o fim da Avenida Independência, é comum ver pessoas caminhando na rua por causa do tamanho da calçada que impede a circulação de um grande número de pessoas. Em dias de chuva, como esta segunda-feira (25), a disputa por espaço e ainda maior por causa dos guarda-chuvas.
As calçadas das ruas Otávio Rocha, Vigário José Inácio, Marechal Floriano e Dr Flores enfrentam os mesmos problemas, colocando em risco os pedestres.
Veja como é e como ficaria a Rua Marechal Floriano: