Levantamento da Brigada Militar de Santa Maria aponta que em 24h, das 07h de segunda-feira (28) até às 07h desta terça (29), foram registradas 334 ocorrências. Dessas, 90 foram trote, cerca de 27% do total. Os trotes variam desde ligações onde do outro lado da linha ninguém fala nada quando se atende, deboches, até pedidos de socorro falsos. Para identificar essas ocorrências, é feito um questionário com quem pede ajuda pelo telefone. Há um filtro nas ocorrências e, normalmente, as pessoas desistem da “brincadeira” durante o processo. Apesar disso, acontece, embora não seja comum, de a guarnição se deslocar para atender ocorrências que, no final, são na verdade trotes.
As polícias rodoviárias e os Bombeiros enfrentam problemas semelhantes. Os Bombeiros contam com telefonistas que fazem a filtragem, mas Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Rodoviária Estadual (PRE) não têm esses profissionais à disposição. Os próprios agentes buscam o máximo de informações por telefone, quando chegam ocorrências, na tentativa de identificar possíveis trotes. Os três órgãos, a exemplo da Brigada, não possuem levantamento do número de casos que foram registrados este ano em Santa Maria e Região Central.
O caso mais recente de trote aconteceu na segunda-feira (28), quando quatro viaturas e sete servidores dos Bombeiros e PRF foram até à BR-153, em Caçapava do Sul, para atender a um falso acidente de trânsito. A polícia tenta localizar o autor. O número do telefone de onde partiu a ligação já foi rastreado, e foi identificado como sendo de um orelhão que fica em frente ao Hospital de Caridade do município.