Representantes de produtores de alho do Estado estarão nos Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário nesta segunda e terça-feira para buscar a manutenção de medidas para controlar a importação do produto. Atualmente, dois terços do alho consumido no país vem do exterior, especialmente da China e da Argentina. O produto chinês paga alíquotas maiores para entrar no Brasil, porque a concorrência é considerada desleal, já que ele chega a preços muito baixos. Mas, os produtores locais reclamam que alguns mecanismos são utilizados para burlar o sistema, como o subfaturamento ou o registro de uma origem diferente da verdadeira.
O presidente das associações nacional e gaúcha de produtores de alho, Olir Schiavenin, explica que o setor quer que medidas para barrar a importação do produto sejam mantidas e fiscalizadas com rigor:
"A China é responsável por mais de cem milhões de quilos de alho por ano que chegam ao Brasil. Tem que obedecer todas as normas. Pagar todas as taxas ao ingressar no país sem que se burle essa lei."
O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de alho do país, com 1,8 mil hectares. Grande parte da produção está concentrada na região da Serra. Agora em maio, o período de plantio do produto se inicia.