Veja no mapa onde ocorreu o conflito:
O representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul do Brasil (Fetraf-Sul) na região Norte do Estado, Sidimar Luiz Lavandoski, afirmou que a entidade vem alertando os governos Federal e do Estado há anos para o risco de mortes envolvendo a disputa agrária:
- Queríamos estar errados, mas alertamos os governos há anos que isso poderia acontecer. O risco de conflitos cada vez mais violentos devido à disputa agrária é muito grande - lamenta o agricultor.
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Segundo ele, agricultores familiares residem na área reivindicada pelos índios em Faxinalzinho:
- Sempre trabalhamos com uma estratégia de diálogo, mas os governos não conseguiram resolver o impasse - lamenta Lavandoski.
A Brigada Militar de Faxinalzinho informou houve diversos protestos envolvendo o conflito agrário no município, mas nenhum havia terminado em confronto como o desta segunda-feira.
Agricultores foram mortos em suposto confronto com indígenas
Conforme o Comandante da Brigada Militar (BM) do município, sargento Valdecir Golfetto, um grupo de cerca de 50 índios bloqueou a estrada que dá acesso às Linhas Faxinal Grande e Coxilhão, no interior da cidade, em um protesto para reivindicar a demarcação de terras indígenas na região. O grupo reside em um acampamento chamado Candoia e, segundo a Funai, aguarda há 12 anos pela publicação da portaria que declara a área como indígena.
Por volta das 17h, segundo a BM, um grupo de agricultores tentou liberar a estrada para a passagem de um caminhão carregado com ração, o que teria iniciado um confronto. Segundo Golfetto, dois agricultores teriam sido mortos a tiros durante o conflito.
De acordo com a Polícia Civil de São Valentim, as vítimas foram identificadas como os irmãos Anderson e Alcemar Souza. Até o momento, as idades deles não foram confirmadas pela polícia.