
Os funcionários públicos de São Leopoldo, no Vale do Sinos, estão em estado de greve. A decisão foi tomada em assembleia na noite de segunda-feira após os servidores presentes no ginásio da Escola Irmão Weibert rejeitarem, por unanimidade, a proposta do governo municipal de reajustar os salários em 5,61%, tendo como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Aida Maria de Souza, a proposta de reajuste, que leva em consideração apenas a reposição da inflação, não é justa, já que os médicos receberam aumento salarial de 20%.
A proposta da prefeitura propõe, além dos 5,61% de reajuste, o aumento do vale alimentação de R$ 17 para R$ 18, a criação de uma mesa permanente de negociação a partir de junho de 2014 para pautas específicas e discussão da validade de implantação do plano de saúde.
Para o secretário de Gestão e Governo, Valdir Mattos, o cenário do município não dá a possibilididade de dar um aumento real, devido ao gasto mensal com o pagamento dos servidores, que chega a 51%, o teto do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
- A gente sabe que a inflação é maior que a anunciada, mas é um índice oficial e nós temos que obedecer. Nós não podemos ser irresponsáveis em um momento tão importante - explica.
Em razão de uma lei municipal que proíbe a paralisação dos servidores do Hospital Centenário, funcionários da casa de saúde organizam durante a troca de turno da manhã para a tarde um ato de reivindicação e apoio à categoria.
- O município precisa entender que há um completo desgosto com a administração. Se não houver alteração na proposta entraremos em greve na próxima semana - afirma Andrei Rex, representante do SindiSaúde do Vale do Sinos.