Mal detectado por instrumentos, subestimado por meteorologistas, o furacão Catarina atingiu 200 quilômetros de área entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, na madrugada de 28 de março de 2004. Casas foram ao chão, quatro pessoas morreram e milhares ficaram desabrigadas. Ainda hoje, o Catarina inspira estudos e suposições. Nesses 10 anos, surgiram pelo menos três evidências sobre o primeiro furacão registrado no Atlântico Sul. Primeiro, a explicação para a transformação de um ciclone extratropical em furacão está no fundo do oceano. Segundo, indícios apontam que o Catarina teria sido um furacão de categoria 2, e não 1, como se calculava. Por fim, os sistemas meteorológicos brasileiros pouco avançaram - e há dúvidas se, hoje, poderiam prever, de forma mais ágil e precisa, uma tempestade semelhante.
Traumas e lembranças
Uma década depois do furacão Catarina, Brasil pouco avançou na previsão de fenômenos naturais extremos
Para quem teve a casa e os negócios arruinados, fica a dúvida: pode acontecer de novo?