Os professores da rede estadual aprovaram paralisação de três dias a partir da próxima segunda-feira (17), em assembleia no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, na tarde desta sexta-feira (14). A decisão vai ao encontro de uma mobilização nacional pela valorização da categoria. Os cerca de 2,5 mil professores rejeitaram entrar em greve por tempo indeterminado.
Dentre as principais reivindicações estão o pagamento do piso nacional do magistério pelo governo do Estado, mudança do vale-refeição para o vale-alimentação e nomeação dos professores aprovados no concurso de 2013.
"A educação só será de qualidade quando os professores puderem lutar pelos seus direitos constitucionais", disse a presidente do Cpers Sindicato, Rejane Oliveira, em referência ao piso dos professores.
A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) pede que os pais levem os filhos às escolas, na segunda-feira, e que as direções escolares não impeçam os professores que não aderiram à paralisação de trabalhar. A secretária adjunta da Seduc, Maria Eulália do Nascimento, acredita que a adesão da categoria à mobilização deva ser baixa.
Os professores realizaram uma caminhada, ainda nessa tarde, a partir do Gigantinho, até o Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, para lembrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. A marcha seguiu pela Avenida Padre Cacique e Borges de Medeiros, até o centro.