O inquérito que investiga a morte por atropelamento de duas ciclistas em Porto Alegre pode ser finalizado sem o resultado das perícias. A afirmação é da delegada que investiga o caso, Melina Zogbi Bueno. O motivo é a paralisação dos servidores do Instituto-Geral de Perícias (IGP) que completa oito dias nesta segunda. Dentre os laudos aguardados pela polícia, estão os que irão dizer se os motoristas dos ônibus estavam ou não sob efeito de álcool ou drogas, se trafegavam acima da velocidade máxima permitida nas vias ou se os veículos apresentavam algum problema mecânico. A delegada Melina diz que irá tentar convencer os peritos a realizar os exames antes de finalizar os inquéritos, mas não garante:
"Muitas vezes, nesses casos, a gente dá uma conversadinha com eles e eles conseguem mandar em menos de 30 dias. A gente procura aguardar, mas se está demorando, daí a gente pode mandar sem o resultado final da perícia", conclui.
Os dois ônibus seguem apreendidos pela Polícia Civil. A delegada Melina Bueno afirmou ainda que o inquérito foi instaurado pelo crime de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar; no entanto, as investigações podem resultar em homicídios dolosos.
Nesta segunda-feira, seis testemunhas foram ouvidas para complementar as investigações e mais 9 pessoas são aguardadas para prestar depoimento. A polícia pretende concluir o inquérito em até 30 dias. As ciclistas Daise Duarte Lopes, de 19 anos, e Patrícia Figueiredo, de 22 anos, morreram atropeladas por ônibus na última quinta-feira em Porto Alegre.