As opções de atividades extracurriculares para crianças e adolescentes são abundantes. As próprias escolas costumam oferecer esportes variados, aulas de canto ou de instrumentos musicais, cursos de língua estrangeira, oficinas de culinária, teatro ou empreendedorismo.
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Apesar de importantes para o desenvolvimento de habilidades e competências, essas atividades também podem sobrecarregar, principalmente se escolhidas pelos pais sem planejamento e sem consenso dos filhos. De acordo com Regina Urmersbach, professora dos cursos de licenciatura da Unisinos, é necessário respeitar o tempo de brincar das crianças e o tempo de descansar dos adolescentes. Além disso, é comum os pais cometerem o erro de criar grande expectativa sobre uma atividade que não é do interesse do filho, o que gera frustração. Leia abaixo as sugestões de Regina.
Observe: os pais devem levar em conta a idade do filho e as reais necessidades dele. As atividades extracurriculares devem contribuir para o desenvolvimento de diferentes capacidades da criança ou do adolescente, colaborando na sua formação integral.
Ouça: ofereça as opções de atividades para a criança ou adolescente e explique o que é cada uma. Se o filho demonstrar interesse por determinado curso, os pais devem conversar sobre essa escolha e fazer alguns combinados - por exemplo, que ele permanecerá na atividade por, pelo menos, certo período de tempo (não muito longo). Isso o fará entender sua responsabilidade em relação ao curso e evitará que ele desista facilmente. Muitas vezes, a atividade é prioridade dos pais, e não do filho, e a expectativa que eles criam atrapalha a evolução no curso.
Acompanhe: as atividades devem corresponder às necessidades e às expectativas de cada criança ou adolescente. Por isso, é fundamental que os pais acompanhem o progresso dos filhos. É importante também se assegurar de que as atividades não sejam apenas uma reprodução daquelas vivenciadas na escola - ofereça oportunidades novas.
Respeite: os pais devem entender que as crianças necessitam de tempo para brincar, e os adolescentes, de pausa para descansar. Além disso, oferecer muitas atividades pode frustrar o filho, já que ele não conseguirá se dedicar à nenhuma por completo. Ele deve poder escolher o que fazer nas horas livres, sem ter o compromisso da rotina. O tempo de convívio com os pais também é necessário.