Um novo estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, encontrou uma relação entre dormir muito pouco ou dormir muito e doenças crônicas - incluindo problemas cardíacos, ansiedade e obesidade - em adultos com 45 anos ou mais. Na pesquisa, a incidência dessas doenças era maior em pessoas que afirmaram dormir menos de seis horas ou mais de dez.
- É fundamental que adultos durmam de sete a nove horas a cada noite para terem os benefícios do sono, mas isso é especialmente verdade para pessoas que estão lutando contra alguma doença crônica - afirmou o médico M. Safwan Badr, presidente da AASM.
Segundo o especialista, doenças comuns do sono, incluindo apneia e insônia, ocorrem frequentemente em pessoas com alguma doença crônica e podem dificultar a capacidade de dormir bem.
- Se você acorda exausto, deve falar com um médico para ver se existe algum problema. Se você for diagnosticado com alguma doença do sono, tratá-la pode significar uma diminuição dos sintomas e melhorar sua qualidade de vida - afirma Badr.
Para uma das autoras do estudo, Janet B. Croft, algumas das relações entre noites de sono não saudáveis e doenças crônicas são parcialmente explicadas pela e obesidade e a bem-estar pscicológico.
- Isto sugere que médicos deveriam considerar o monitoramento da saúde mental e do peso, além do sono saudável para pacientes com doenças crônicas - afirma Janet.
No estudo, publicado neste mês no Journal SLEEP, sonos curtos respondem por uma alta prevalência de doenças do coração, ataques cardíacos e diabetes, além da obesidade e frequentes aflições mentais, comparado com pessoas que reportaram dormir de sete a nove hora por dia. O mesmo ficou comprovado em pessoas que dormem mais do que o recomendado, e as associações com problemas cardíacos e diabetes foram ainda maiores.
- Dormir muito não necessiariamente significa que você dorme bem. É importante entender que tanto qualidade quanto quantidade impactam na saúde. Uma vida saudável equilibrada não está limitada a dieta e prática de exercícios físicos, quanto e como você dorme é tão importante quanto o que você come e como você se exercita - afirma Badr.
O estudo envolveu mais de 54 mil participantes com idades a partir de 45 anos em 14 estados norte-americanos. Aproximadamente, um terço dos participantes (31%) foi identificado como pessoas que dormem pouco, significando que eles reportaram dormir menos de seis hora por dia. Mais de 64% foram classificados como pessoas que dormem de sete a nove horas e apenas 4% foram classificados como pessoas que dormem mais de nove horas.
A Academia Americana de Medicina do Sono (AASM, na sigla em inglês) encoraja pacientes que sofrem com essas doenças crônicas comuns a falarem com um médico para poderem avaliar seus padrões de sono.