Após sair de uma boate em Palmeira das Missões, no noroeste do Estado, o jovem Jardel Loeblein Schwaab, 20 anos, alega ter sido agredido por seguranças da casa. Ele afirma ter sido vítima de homofobia, e o fato teria ocorrido na madrugada de sábado, na Rudáh.
Schwaab, que estava na festa com um irmão e um amigo, postou em uma rede social uma foto com o rosto ensanguentado. Até a tarde desta segunda-feira, a imagem já havia sido compartilhada mais de 3,6 mil vezes. Ele também registrou o caso na delegacia da cidade. A postagem foi retirada da internet.
- Ainda dentro da boate, um segurança me disse: "aqui não é lugar pra ti". Mas não dei bola e continuei na festa. Na saída, por volta das 4h30min, um amigo meu ficou dentro da festa. Pedi para entrar e chamar ele. Mas não me deixaram. Insisti e eles começaram a me agredir, primeiro verbalmente, depois fisicamente ¬ - relata.
De acordo com o jovem, um dos seguranças teria tentado pegar a câmara fotográfica que ele carregava.
- Meu irmão tentou apartar, mas foi empurrado. Então, saímos e fomos para a delegacia registrar ocorrência.
Dono da Rudáh, Denis Nunes de Lima nega a acusação. Ele afirma ter imagens do circuito interno de monitoramento do local que comprovariam que o jovem não foi agredido, mas que ele teria caído e os seguranças tentaram o ajudar. O vídeo ainda não foi divulgado.
Contraponto
O que dizem os donos da Rudáh, por meio de nota publicada no perfil da boate no Facebook:
"Não temos preconceito contra ninguém e muito menos esse rapaz foi espancado, o que ele esqueceu de relatar no seu texto mentiroso, é que ele se apresentou na porta como fotógrafo, perguntando se a casa autorizava a entrada "free" dele, para o mesmo tirar algumas fotos para seu site, e que a casa prontamente autorizou a entrada do suposto fotografo, sem custo algum, porém o mesmo durante a festa bebeu demasiadamente e que por duas vezes adentrou o banheiro feminino, constrangendo várias mulheres que lá estavam", diz o texto.
O jovem admite ter entrado na casa para fazer fotos, mas nega a versão da boate de que teria entrado no banheiro feminino ou bebido demais.