O incêndio que atinge a Estação Ecológica do Taim, no sul do Estado, pode ter afetado pelo menos 1,4 mil hectares de terra - que equivalem a mais de 1,2 mil campos de futebol. A estimativa é do chefe da estação, Henrique Ilha. A precisão da área atingida só poderá ser divulgada após novo sobrevoo da região, que deve ocorrer ainda durante a manhã desta quinta-feira.
Para o início da tarde, é aguardada a chegada de dois aviões do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) vindos da Bahia. As aeronaves têm capacidade para despejar 2 mil litros de água sobre área afetada, cada uma.
Outro fator favorável à extinção das chamas é o vento, que soprou em direção a um canal localizado no meio do banhado. Com isso, seria possível combater o fogo com equipe de brigada anti-incêndio.
- Hoje, o acesso ao local das chamas é muito difícil. Ontem era impossível - afirmou Ilha.
Como não é época de reprodução das aves, os mais atingidos são os pequenos animais como cobras, sapos e ratos, que não têm tanta agilidade para a fuga.
Ele ainda destaca que, para o fogo ser debelado, o ideal seria chover ou esfriar bastante à noite. Segundo Ilha, o incêndio deve seguir por mais um ou dois dias:
- Como não conseguimos chegar no centro do incêndio, a estratégia é direcionar o fogo. Barrar a continuidade rumo ao Norte é importante. Com relação às chamas do miolo, uma parte deve ser extinguir sozinha e a outra deve avançar até encontrar áreas mais arenosas, onde poderemos fazer combate por terra.
Apesar dos 1,4 mil hectares estarem queimados, nem todos seguem em chamas, já em alguns locais a água e a umidade do ambiente apagaram o fogo.
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