Nenhum morador de São Leopoldo, no Vale do Sinos, poderá passar mais de seis horas sem fornecimento de água. A determinação é da 4ª Vara Cível da cidade. A medida é o resultado de uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público de São Leopoldo na Justiça, na última segunda-feira.
Além disso, o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) deverá publicar um cronograma do racionamento, contendo quais bairros serão atingidos, assim como os dias e horários em que eles estarão desabastecidos. Segundo a promotora responsável pela ação, Débora Rezende Cardoso, um rodízio entre os bairros também terá de ser feito.
- Alguns bairros chegaram a ficar 36 horas sem água. Isso resultou em reclamações por parte da população. Agora, o racionamento deve se enquadrar nessas medidas para que as pessoas não sejam prejudicadas - afirma Débora.
Desde a semana passada, o desabastecimento na cidade passou de seis para 12 horas diárias. O rodízio que antes era feitos em cinco regiões, passou a ser feito em apenas duas. Além disso, o baixo nível dos reservatórios fazia com que a retomada no fornecimento fosse lenta, deixando algumas regiões com as torneiras secas durante dias.
Segundo a promotora, quando o Semae receber a notificação, terá dois dias para cumprir as medidas. Caso elas sejam violadas, haverá uma multa diária de cinco salários mínimos.
Através de nota, o Semae afirma que contestará a liminar. Além disso, a autarquia pretende apresentar, na próxima quinta-feira , um calendário de rodízio onde gradativamente chegará a seis horas de suspensão do abastecimento.
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